Por quem sois?
Por quem sois? Dizei-me! Por quem sois? Achai-vos reais? Dignos? Pois eu acho-vos prepotentes... Todos, sem excepção. Eu digo-vos por quem sois! Pela escuridão envolvente de árvores assombradas. Pelo silêncio taciturno da floresta. Pela saliva sedenta nas mandíbulas dum lobo. Um lobo que me olha, numa inocente voracidade, numa mais que natural vontade de me consumir. Um lobo que vê em mim o seu reflexo. Sois por mim, pelo meu lugar. Pois eu nego-vos. Não serei a presa de mim mesmo. Ou de qualquer um de vocês, querendo ser eu.