Em meu redor observo Abater-se lentamente Branca virgem sobre os bosques... Chegas, carregando a maçã, Lentamente, pecaminosamente, sorrindo. Toco teu peito, pulsante, tenso, Morno… tão morno… Para todo o nada se expandem Essas imaculadas planícies, nossos gélidos lençóis. Aqui nos deitamos e aqui nos beijamos (lábios envenenados) Nos enrolamos e nos acariciamos. (corpos febris) Sucumbimos ardemos agitamos... Desenfreada e desesperadamente, E contudo, compassadamente, Caímos mais dentro. Segundo. A segundo. Suspiro. A suspiro. Gemido. A gemido. Lá distante, o estalar de sete, furiosas Pequenas mortes de vozes mudas. Por nossas peles rastejam… Trazem o medo que te leva... Te subjuga... e te encerra... Me afasta e... me sufoca... Lágrimas que gelam são olhos que cegam. Na solidão agora pálida... Agora vermelha... agora morte... Choro-te Branca de Neve.