Eram estranhos.
"Eram estranhos.
Os cheiros envolvendo o corpo. As diferentes tonalidades de pele. Algo não batia certo.
A violência com que havia saído não era a mesma. Havia uma certa noção de arte explosiva que lhe era implícita. O sangue derramado, vindo do nariz e dos lábios, tinha espirrado no rosto de modo diferente. As contusões eram mais erráticas, menos metódicas como das outras vezes.
As habituais marcas de espigões ao longo das costelas também com padrões aleatórios. A pele lacerada pelo chicote, também nada tinha a haver com o que havia sido feito em muitas outras noites.
E cera. Cera de vela, derramada pelo peito. O meu peito. Marcas de ferros... ferros em brasa?!
Algo de muito errado se passou comigo. Acho... a-acho que os seres encapuçados que tantas vezes entraram por minha casa não eram os de sempre...
Existem... existem partes que não me lembro! Feridas... Feridas que não vi nascer!
Oh-oh-deus...
O q-que me ac-aconteceu?
E-eram estranhos... Eram estranhos! Eram ESTRANHOS!
SOCORRO! ALGUÉM ME ACUDA! SOCORRO!"
L., no dia 21 de Outubro de 2007, à medida que ia despertando para um novo e solarengo dia, em frente ao espelho de sua casa, na freguesia de Cruzes de Feldespato.
Os cheiros envolvendo o corpo. As diferentes tonalidades de pele. Algo não batia certo.
A violência com que havia saído não era a mesma. Havia uma certa noção de arte explosiva que lhe era implícita. O sangue derramado, vindo do nariz e dos lábios, tinha espirrado no rosto de modo diferente. As contusões eram mais erráticas, menos metódicas como das outras vezes.
As habituais marcas de espigões ao longo das costelas também com padrões aleatórios. A pele lacerada pelo chicote, também nada tinha a haver com o que havia sido feito em muitas outras noites.
E cera. Cera de vela, derramada pelo peito. O meu peito. Marcas de ferros... ferros em brasa?!
Algo de muito errado se passou comigo. Acho... a-acho que os seres encapuçados que tantas vezes entraram por minha casa não eram os de sempre...
Existem... existem partes que não me lembro! Feridas... Feridas que não vi nascer!
Oh-oh-deus...
O q-que me ac-aconteceu?
E-eram estranhos... Eram estranhos! Eram ESTRANHOS!
SOCORRO! ALGUÉM ME ACUDA! SOCORRO!"
L., no dia 21 de Outubro de 2007, à medida que ia despertando para um novo e solarengo dia, em frente ao espelho de sua casa, na freguesia de Cruzes de Feldespato.