Sinto-me reverberar
Puxa o cabo com força
Sente as entranhas contraírem-se
Até o clique estalar
A leveza instalar-se
E ambos sabermo-nos juntos
Ligados
Conscientes um do outro
E no entanto
Ausentes de tudo o resto
Damos a mão e dissolvemos o
-----\/ Horizonte /\-----
O mundo esmaga-nos o espírito.
Mas recusamos a fuga.
Erguemos interrogando
Todas as cores e todas as luzes
Todos os sons e todos os cheiros
E um padrão surge.
Um ribombar lento
Metódico
Cíclico
(Previsível por se tratar de rotina, não vês)
A nuvem surge
E abaixo deles
Todos eles marcham
Um exército de ovelhas digitais
Os seus cascos entoam nas superfícies envidraçadas
Transparentes
Os seus balidos prolongam a demência do pastor
Consomem
Não param de consumir e de balir
A sua lã alva
Tresanda a lixívia
Sei-os sujos.
Sei-os imundos e sei-os ocos.
Ineficientes. Barulhentos.
Sei-os dispensáveis.
Desligo-me de ti e
O peso regressa e as entranhas vibram no vácuo
Prescindo de toda a tua tolerância e de toda a tua compaixão
Pois sei-te duma perpétua ingenuidade
Mas hoje não serve.
Hoje olho-me ao espelho.
Sinto-me reverberar tudo o que me rodeia
Negro
Sorrio e lanço-me na multidão.
O lobo alimenta-se esta noite.
Morram.
Morram.
Morram.
...
Morram.
Sente as entranhas contraírem-se
Até o clique estalar
A leveza instalar-se
E ambos sabermo-nos juntos
Ligados
Conscientes um do outro
E no entanto
Ausentes de tudo o resto
Damos a mão e dissolvemos o
-----\/ Horizonte /\-----
O mundo esmaga-nos o espírito.
Mas recusamos a fuga.
Erguemos interrogando
Todas as cores e todas as luzes
Todos os sons e todos os cheiros
E um padrão surge.
Um ribombar lento
Metódico
Cíclico
(Previsível por se tratar de rotina, não vês)
A nuvem surge
E abaixo deles
Todos eles marcham
Um exército de ovelhas digitais
Os seus cascos entoam nas superfícies envidraçadas
Transparentes
Os seus balidos prolongam a demência do pastor
Consomem
Não param de consumir e de balir
A sua lã alva
Tresanda a lixívia
Sei-os sujos.
Sei-os imundos e sei-os ocos.
Ineficientes. Barulhentos.
Sei-os dispensáveis.
Desligo-me de ti e
O peso regressa e as entranhas vibram no vácuo
Prescindo de toda a tua tolerância e de toda a tua compaixão
Pois sei-te duma perpétua ingenuidade
Mas hoje não serve.
Hoje olho-me ao espelho.
Sinto-me reverberar tudo o que me rodeia
Negro
Sorrio e lanço-me na multidão.
O lobo alimenta-se esta noite.
Morram.
Morram.
Morram.
...
Morram.