Esquece felicidade, quero excelência
"Eu quero ser feliz." "Eu quero ser bom."
Tenhamos em mente estas duas questões por momentos, enquanto o texto prossegue.
E olhemos a felicidade como o dinheiro. Acumula-se nas nossas vidas, fruto das nossas ações, do nosso trabalho. E esqueçamos por momentos o facto de usarmos o dinheiro como recurso para ajudar a ter felicidade (outro recurso). Imaginemos o dinheiro como objetivo último. Faz sentido levar uma vida assim? Conduzir as nossas ações para a mera acumulação de euros? Para que serve um recurso, senão para ser gasto? Então gastamos o dinheiro em coisas que nos facilitem a felicidade. E então, com sorte e algum engenho, somos felizes. E depois?
E porquê ver a felicidade como um recurso, e não como um fim. O tempo não pára. A vida continua a acontecer, e chegam desgraças. Porque o fim na verdade é a morte. É aí que a nossa história termina. O que é que fica, visto que não levamos para a campa a felicidade da mesma forma que não levamos o dinheiro.
A biologia deu-nos a resposta simples a isto. Filhos. Descendência. Eles perpetuarão a obra, continuarão com o legado. Alguns de nós procurarão deixar a marca numa outra coisa qualquer. Arte, talvez? Uma construção qualquer. E quando finalmente o criador, ou o pai, vê a sua obra, vê todo o seu trabalho dar frutos, sente felicidade. Concretização de algo. Alívio porque o seu tempo aqui não terá sido em vão.
Mas não paramos aí, pois não? A insatisfação instala-se - será a desvalorização da felicidade com o tempo? E o tempo, esse, continua, inexoravelmente a avançar. A cravar-nos rugas no rosto e cicatrizes na alma. E é aí que consumimos esse recurso tão escasso. Felicidade. Traz-nos o conforto de alturas mais felizes, passo o pleonasmo; e deixa-nos com a sede e a vontade de lutar e contrariar todas as agruras e aflições do momento.
Usamos felicidade para gerar esperança e vontade de lutar e continuar.
Então, e se em vez de procurarmos felicidade, procurarmos apenas e simplesmente sermos bons. Excelentes. Connosco. Naquilo que fazemos e com aqueles com quem nos damos? Se a nossa preocupação for sermos autenticamente bons e excelentes, não estará a felicidade a acontecer como consequência disso?
Da mesma forma que se procurarmos um trabalho onde sejamos fortes e completos, e procurarmos sermos o melhor nesse trabalho, não acabará o dinheiro por acontecer também?
Algo para continuar a ponderar. Para já, vou-me preocupar em ser excelente. E suspeito que o resto acabe por acontecer.
Às obras!
Tenhamos em mente estas duas questões por momentos, enquanto o texto prossegue.
E olhemos a felicidade como o dinheiro. Acumula-se nas nossas vidas, fruto das nossas ações, do nosso trabalho. E esqueçamos por momentos o facto de usarmos o dinheiro como recurso para ajudar a ter felicidade (outro recurso). Imaginemos o dinheiro como objetivo último. Faz sentido levar uma vida assim? Conduzir as nossas ações para a mera acumulação de euros? Para que serve um recurso, senão para ser gasto? Então gastamos o dinheiro em coisas que nos facilitem a felicidade. E então, com sorte e algum engenho, somos felizes. E depois?
E porquê ver a felicidade como um recurso, e não como um fim. O tempo não pára. A vida continua a acontecer, e chegam desgraças. Porque o fim na verdade é a morte. É aí que a nossa história termina. O que é que fica, visto que não levamos para a campa a felicidade da mesma forma que não levamos o dinheiro.
A biologia deu-nos a resposta simples a isto. Filhos. Descendência. Eles perpetuarão a obra, continuarão com o legado. Alguns de nós procurarão deixar a marca numa outra coisa qualquer. Arte, talvez? Uma construção qualquer. E quando finalmente o criador, ou o pai, vê a sua obra, vê todo o seu trabalho dar frutos, sente felicidade. Concretização de algo. Alívio porque o seu tempo aqui não terá sido em vão.
Mas não paramos aí, pois não? A insatisfação instala-se - será a desvalorização da felicidade com o tempo? E o tempo, esse, continua, inexoravelmente a avançar. A cravar-nos rugas no rosto e cicatrizes na alma. E é aí que consumimos esse recurso tão escasso. Felicidade. Traz-nos o conforto de alturas mais felizes, passo o pleonasmo; e deixa-nos com a sede e a vontade de lutar e contrariar todas as agruras e aflições do momento.
Usamos felicidade para gerar esperança e vontade de lutar e continuar.
Então, e se em vez de procurarmos felicidade, procurarmos apenas e simplesmente sermos bons. Excelentes. Connosco. Naquilo que fazemos e com aqueles com quem nos damos? Se a nossa preocupação for sermos autenticamente bons e excelentes, não estará a felicidade a acontecer como consequência disso?
Da mesma forma que se procurarmos um trabalho onde sejamos fortes e completos, e procurarmos sermos o melhor nesse trabalho, não acabará o dinheiro por acontecer também?
Algo para continuar a ponderar. Para já, vou-me preocupar em ser excelente. E suspeito que o resto acabe por acontecer.
Às obras!