... mudar, descobrir, avançar, falhar, recomeçar...

Milhares de conclusões explodem na minha mente. Não anoto metade. Nem um décimo. Output mental deitado fora? Ando a fazer o quê com isto que tenho entre as orelhas?
Houve uma altura que este espaço deixou de fazer sentido. Demasiado ocupado a viver a vida. A experimentar. A preocupar-me e a interessar-me mais pelo que está além de mim, do que aquilo que apenas acontece cá dentro.

E depois tropeções. E depois escuridão. E depois abandono. E depois voltar ao velho conforto digital dos jogos, coçar uma glândula qualquer que segrega um químico que se assemelha a prazer.

Mas tudo vazio. Ir para a cama com a noção de nada realmente feito. Nada realmente conquistado. Mas demasiado magoado para fazer qualquer coisa quanto a isso. E então de volta ao vício. Ao conforto. Que vida é esta?

Sinto que basta. Nada garante que não faça merda no futuro, ou me façam merda, e não tenha de lá voltar.

Mas segura e lentamente quero ver-me longe daquilo. Entorpece-me e abranda-me. Estagna-me. E não deitei tanto a perder para agora desperdiçar o meu tempo sendo aquilo que era e que odiava ser.

A estrada é longa.