words as photographs

Uma obsessão por momentos, o meu nível de envolvência atinge um absoluto. Depois a inspiração passa e quero ir para outra coisa diferente. Mas enquanto estou envolvido, quero experimentar tudo. Uma verdadeira ligação emocional a alguém vem depois de muito tempo passado junto, e de aprender que existe ali algo que não consigo facilmente obter em mais lado nenhum, com a frequência que necessito. No início não se trata então de uma ligação emocional, mas uma obsessão curiosa aliada a química. Eu exijo imenso das pessoas até poder confiar nelas. Não declaradamente, exceto se esse alguém depositar em mim uma confiança que eu não consigo acompanhar. Isto despoleta uma série de atitudes, sobretudo para causar afastamento suficiente, porque preciso de conhecer alguém à minha velocidade. Confio devagar. Rapidamente fico obcecado. Crio assim um fosso quando me estou a aproximar duma mulher. Este ciclo tem de ser quebrado.

Quero alguém que sei que não me quer. Que não está numa condição em que me possa querer, dada a confusão instalada na sua alma. Não pode ter nem deu sinais de ter a perspetiva necessária para ver a minha essência. É injusto para mim querer alguém assim, e no entanto não consigo contrariar isso. Porra lá para os afetos! Parece que andamos todos a querer o que não podemos ter. É a condição humana.

Se estiver a chover merda, fecha a boca e respira pelo nariz.

Fodasse, este blog já tem 10 anos...

Haverão outros como eu, pessoas que tentam ao máximo viver e perceber as emoções que sentem, mantendo um controlo absoluto sobre elas, tudo sobre um manto de sprezzatura? As pessoas que vou encontrando ou deixam-se levar pelas emoções, descontroladas, ou são controladas ao ponto de abafar o que sentem, ou algo no meio. A minha abordagem é estranha, mas estou feliz com ela. Choro, rio, sofro, sonho, desiludo-me, cometo erros, mas os pés estão sempre assentes. Não sei, talvez apenas me sinta só. Ou único. Às vezes é difícil perceber a diferença.

I'm the sum of my bad moments. Not just that, but mostly that. By being permanently under construction, the wrong choices I've done, the dead ends I've reached have become the border markers that help define me. Some people know exactly where they want to be. I don't. I see regret as the by-product of reaching out and trying to find your place in this world. It's the feeling you get when you recognize that somewhere along the way, you went too far in the wrong direction, and decided to re-adjust your course. I see regret as heavy on the soul, but fundamental to identity. Embracing it and recognizing its purpose to me ensures I'm not enslaved to it.

Eu motivo-me com inércia. Quanto mais faço, mais quero fazer, até um determinado ponto. Correr assegura que os meus dias têm um ritmo mexido. Uma corrida serve de base para a motivação para fazer outras coisas.

Ausência de atividade física provoca tristeza. Exercício físico combate isso, logo exercício físico é uma componente da felicidade pessoal.