Prelúdio da Purificação
Como foi percebido por Fhan O'Dai Ankh
E hoje tudo não é mais aquilo que esqueceste de deixar de sentir.
Rebentando-me os tímpanos com tempestades de alfinetes.
A sua voz como se cortasse vidro, as suas mãos como se abalassem as próprias fundações de Deus.
Reverbera. Vértebra. Vibra. Fria… Sobe…
Explode!
E um olhar de âmbar cegando todos aqueles que decidiram erguer a cabeça, curiosos.
Somos agora um povo desligado do que aí chega.
Como fomos antes das nossas portas escorrerem escarlate.
“Corremos quais galinhas decapitadas, embatendo nas paredes morais que jamais cedem perante a força da deturpação de valores.”
Hoje o mundo vira.
Árctico para Antárctico.
Antárctico para Árctico.
E ainda gelo.
Ainda desertos brancos de indiferença, órbitas vazias de esperança.
Peitos vazios de pulsares.
Para quê esta jaula de carne?
Eternas estas correntes como vaidade, como inveja, como sensação?
Eternamente comendo?
Nunca ideia. Nunca sentimento.
Impulso!
Somos gentinha fechada no prazer.
Como fomos antes de sentirmos outra coisa que não dor.
“Dançamos conforme as chamas lambem os nossos corpos, nos ferram as chagas com acendalhas de rebeldia, nos invadem e nos subjugam ao inevitável.”
Salvador! Chega depressa!
O salvador chega depressa. A réstia de razão vacila perante a horrorosa visão do seu rosto.
Salvador!
Passo
A passo,
O salvador chega.
A justiça desvanece com cada gargalhada cósmica. O seu dedo aponta uma profecia mais antiga que todas as profecias, todos os povos, todos os astros.
O cajado toca o chão.
Depois as testas dos ímpios.
Depois as estrelas.
E o mundo vira.
Antárctico para Árctico.
Árctico para Antárctico.
E ainda gelo.
Ainda desertos brancos de indiferença, órbitas vazias de esperança.
Peitos vazios de pulsares.
Numa neve carregada de vermelho sangue, um amontoado de corpos.
No seu topo, ele ergue-se ardendo, pira imaculada, purificação luminosa.
Vem oh Destino!
“Havemos cometido o pecado da carne.”
Não! Hoje tudo não é mais aquilo que esqueceste de deixar de sentir.
E hoje tudo não é mais aquilo que esqueceste de deixar de sentir.
Rebentando-me os tímpanos com tempestades de alfinetes.
A sua voz como se cortasse vidro, as suas mãos como se abalassem as próprias fundações de Deus.
Reverbera. Vértebra. Vibra. Fria… Sobe…
Explode!
E um olhar de âmbar cegando todos aqueles que decidiram erguer a cabeça, curiosos.
Somos agora um povo desligado do que aí chega.
Como fomos antes das nossas portas escorrerem escarlate.
“Corremos quais galinhas decapitadas, embatendo nas paredes morais que jamais cedem perante a força da deturpação de valores.”
Hoje o mundo vira.
Árctico para Antárctico.
Antárctico para Árctico.
E ainda gelo.
Ainda desertos brancos de indiferença, órbitas vazias de esperança.
Peitos vazios de pulsares.
Para quê esta jaula de carne?
Eternas estas correntes como vaidade, como inveja, como sensação?
Eternamente comendo?
Nunca ideia. Nunca sentimento.
Impulso!
Somos gentinha fechada no prazer.
Como fomos antes de sentirmos outra coisa que não dor.
“Dançamos conforme as chamas lambem os nossos corpos, nos ferram as chagas com acendalhas de rebeldia, nos invadem e nos subjugam ao inevitável.”
Salvador! Chega depressa!
O salvador chega depressa. A réstia de razão vacila perante a horrorosa visão do seu rosto.
Salvador!
Passo
A passo,
O salvador chega.
A justiça desvanece com cada gargalhada cósmica. O seu dedo aponta uma profecia mais antiga que todas as profecias, todos os povos, todos os astros.
O cajado toca o chão.
Depois as testas dos ímpios.
Depois as estrelas.
E o mundo vira.
Antárctico para Árctico.
Árctico para Antárctico.
E ainda gelo.
Ainda desertos brancos de indiferença, órbitas vazias de esperança.
Peitos vazios de pulsares.
Numa neve carregada de vermelho sangue, um amontoado de corpos.
No seu topo, ele ergue-se ardendo, pira imaculada, purificação luminosa.
Vem oh Destino!
“Havemos cometido o pecado da carne.”
Não! Hoje tudo não é mais aquilo que esqueceste de deixar de sentir.