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Ascenção, 20.05.2015

Finalmente sinto-me rastejar para fora do buraco onde me enfiei. As coisas são mais fáceis quando existe uma distância saudável das aflições. Não estou preparado para uma vida a dois ainda, sobretudo à distância. Procuro agora um encaixe natural das coisas. Chega de apressar o sentimento, de tentar viver o momento ao máximo. Até agora só tem resultado num drenar rápido de toda e qualquer empatia. Devagar e a bom ritmo. Sem pressas, que o objetivo é subir o ânimo devagarinho para ver se quando descer (algo que acredito ser inevitável), desça devagarinho. Suavidade. Tem de haver suavidade. Viver a vida como ando de mota. Siga com a experiência.

Megalomania

The megalomaniac differs from the narcissist by the fact that he wishes to be powerful rather than charming, and seeks to be feared rather than loved. To this type belong many lunatics and most of the great men of history. [Bertrand Russell, "The Conquest of Happiness"]

Defeito #1

Detesto o sentimento de precisar de alguém.

Yay Cérebro!

E agora estou todo bem disposto porque descobri onde sou disfuncional. Vá-se lá perceber como é que a mente funciona. Talvez dar nome às coisas realmente as torne mais pequenas.

Emocionalmente Indisponível

Tudo aponta para que seja emocionalmente indisponível. Quero escrever isto aqui, agora. Porque é um problema. Pior, suspeito que seja algo estrutural e possivelmente inalterável. (Não admira que os meus relacionamentos não passassem dos dois meses...) Olho para o passado e vejo que houve, em todas as minhas relações (pais, amigos, parceiras) um ponto a partir do qual não deixo entrar. Existe uma distância saudável onde as coisas funcionam. Mas num nível mais profundo ninguém entra. É estranho, porque aparentemente não tenho problemas em andar nu online, em vir para aqui debitar e analisar o que sinto perante (potencialmente) o mundo inteiro. Porque não há ligação. Porque estou a falar para o vazio e com isso não tenho problemas. Mas com outra pessoa? Num diálogo? Não funciona. Não sinto medo, mas uma invasão de privacidade. Que paradoxo, quando, de novo, estou aqui de megafone a dizer isto. Será sede de controlo? Aqui controlo a mensagem. Aqui sai o que quero, como quero, e...

Deixar Arder

Sem dar mais lenha, sem soprar mais ar, sem colocar a mão no fogo, sem olhar a faísca. Deixar apenas estar. Deixar arder.