Dia 4 - A Descoberta da Vida
Conversas de café...

(fonte: www.randomfunnypictures.com)
Boas! Hoje aconteceu-me uma coisa do camandro. Enquanto esperava por alguém num café, ouvi uma conversa - mesmo que não quisesse, o volume utilizado não o permitiria - entre, presumo, três adolescentes "normais". Essas pessoas cujas preocupações fundamentais são o acne, se ele/ela gosta de mim, e o que vou fazer com estas comichões e sensações estranhas no corpo sempre que toco naquele ponto.
Mas achei um piadão à conversa deles. Falavam de partos. Do quão nojento é. Do dilema "como é que a cabeça custa mais, quando os ombros são mais largos?", e depois, a certa altura, de implantes mamários, ou tetas de silicone e de como as cicatrizes não se viam, como é que seria. Ah, especulavam. E aí apercebi-me do quão encantadora é esta idade, vocês sabem, a da descoberta.
Em como numa conversa de café se divaga e argumenta, se contrapõe e se contrasta. Numa conversa de café, onde todas as bacoradas são permitidas, sinal que existe, para alguns sortudos (eu incluído), espaços e tempos onde persiste uma segurança omnipresente para descobrir e pensar. Apesar dos erros, apesar da inexperiência, se evolui apenas conversando. E presenciar isto como mero espectador tem cá uma piada.
Como é que eu seria há meia dúzia de anos atrás? Igual, parecido? Não importa, foi bom imaginar que naquela situação talvez fosse eu, como vou sendo ocasionalmente. E aperceber-me que há coisas que se mantêm - a descoberta da vida à volta duma mesa de café.
"Existirá alguém tão esperto que aprenda pela experiência dos outros ? "
Voltaire
(fonte: www.randomfunnypictures.com)
Boas! Hoje aconteceu-me uma coisa do camandro. Enquanto esperava por alguém num café, ouvi uma conversa - mesmo que não quisesse, o volume utilizado não o permitiria - entre, presumo, três adolescentes "normais". Essas pessoas cujas preocupações fundamentais são o acne, se ele/ela gosta de mim, e o que vou fazer com estas comichões e sensações estranhas no corpo sempre que toco naquele ponto.
Mas achei um piadão à conversa deles. Falavam de partos. Do quão nojento é. Do dilema "como é que a cabeça custa mais, quando os ombros são mais largos?", e depois, a certa altura, de implantes mamários, ou tetas de silicone e de como as cicatrizes não se viam, como é que seria. Ah, especulavam. E aí apercebi-me do quão encantadora é esta idade, vocês sabem, a da descoberta.
Em como numa conversa de café se divaga e argumenta, se contrapõe e se contrasta. Numa conversa de café, onde todas as bacoradas são permitidas, sinal que existe, para alguns sortudos (eu incluído), espaços e tempos onde persiste uma segurança omnipresente para descobrir e pensar. Apesar dos erros, apesar da inexperiência, se evolui apenas conversando. E presenciar isto como mero espectador tem cá uma piada.
Como é que eu seria há meia dúzia de anos atrás? Igual, parecido? Não importa, foi bom imaginar que naquela situação talvez fosse eu, como vou sendo ocasionalmente. E aperceber-me que há coisas que se mantêm - a descoberta da vida à volta duma mesa de café.
"Existirá alguém tão esperto que aprenda pela experiência dos outros ? "
Voltaire