A Decisão
A situação urge a que me mova. Sinto-me afundar devagar, e por mais que insista, nada chega, nada é suficiente. A mente funciona mais devagar. Sei-o, porque a minha boca de gatilho outrora rápido se demora a fazer-se útil, e os timings das piadas são perdidos. As exclamações saem a meio gás. O tom é semi-sério, semi-cómico, completamente patético.
Sinto que tenho de tomar uma decisão, e enquanto não o fizer mais lento e estúpido e fechado me torno.
Mas não sei o que tenho de decidir, não consigo encontrar o caminho que me faça disparar daqui para fora.
Escapa-me algo, porra. Onde está a engrenagem que faz o relógio mexer novamente?
Sinto que tenho de tomar uma decisão, e enquanto não o fizer mais lento e estúpido e fechado me torno.
Mas não sei o que tenho de decidir, não consigo encontrar o caminho que me faça disparar daqui para fora.
Escapa-me algo, porra. Onde está a engrenagem que faz o relógio mexer novamente?