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Showing posts from 2013

Welcome to Oxford / Oxford is Lovely

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Welcome to Oxford. Cheguei. Cinco dias depois, estou numa cidade que em tudo tem a ver comigo. Tem um aspecto cinzento, mas as pessoas dão-lhe quase todas as cores. Existirá talvez um lado negro nesta cidade, mas ainda tenho de o conhecer. Não que tenha muita pressa para o fazer, mas toda a bela tem o seu senão. Para já o que experienciei foi simpatia e calor humano. Estou neste exacto momento sentado nos degraus do Memorial aos Mártires. Pessoas e carros passam por mim, cada um envolvido nos seus afazeres. Existe uma descontracção no ar que me convida a parar e relaxar. A considerar a vida, e as voltas que dá, e a como vim aqui parar. (Um guia e um grupo de turistas acaba de parar à minha frente. Acho que para eles faço agora parte da atracção local. Será que me estranham, todo malas empilhadas à sua frente? No seu rosto vejo naturalidade, não pareço ser mais que o comum, como se esperassem que aqui estivesse toda a minha vida.) É estranho. Quebrar todos os laços e...

zero um três

"Vamos matá-los a todos." Brusco, e directo ao assunto, como habitual. Estas foram as palavras de Brunn assim que Itgard se aproximou o suficiente para as escutar num tom ligeiramente acima dum sussurro. Ausente de ameaça, vazio, mecânico, determinado. O único traço de emoção residia nos olhos do Caçador. Uma faísca incandescente, indicadora dum intelecto táctico a funcionar em pleno. Os bárbaros das estepes podiam ser rudes, retrógados nas suas formas de estar, como se organizavam.

esta vai para o meu pai

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Porque há solos simplesmente do caralho. E ele bem dizia que música a sério era nos 70. Yup.

Esquece felicidade, quero excelência

"Eu quero ser feliz." "Eu quero ser bom." Tenhamos em mente estas duas questões por momentos, enquanto o texto prossegue.

zero um dois

"Que raios, por Artemis, onde está ele?" Itgard estava preocupado e como era seu costume, dava a conhecer a todos o seu estado de espírito, entre insultos à vida e à situação. Apetecia-lhe agarrar e tomar uma prisioneira, mas o combinado forçava-os a não perder tempo. "Ah, quando chegarmos, o que vai ser de ti. E de ti. E de ti..." Rosnava, insatisfeito, mas prosseguia, pesado pela responsabilidade de ser o segundo no comando.

O Veterano

Entardecia no planalto. A paisagem era árida e a sua cor era amarela. A terra, as plantas, os animais. Tratava-se duma aridez que agora ruborizava com o cair do sol a oeste. Uma tintura avermelhada transformava o planalto e a vida que por lá passava, tornando-a sanguina de aspecto. Mas não de essência. O sol mergulhava ponderadamente na terra, afundando com ele lenta e irremediavelmente a luz. Estavam sozinhos, sentados e abraçados um no outro a aguardar a chegada da escuridão. Soluçavam e suspiravam como duas amélias.

zero um um

Começou com um berro. A alvorada chegava lentamente naquela manhã. Rolf, depois de ter estado naquele momento ao pé do riacho com Mirra foi ter com Itgard e avisá-lo que a mulher ruiva se começava a distanciar. "Não tem para onde ir, rapazinho. Temos os cavalos, e temos os mantimentos. Se quer viver, fica connosco, se quer morrer, fica sozinha. A escolha é dela. Viver escrava ou morrer só."